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Zélia Duncan debate assuntos atuais na web: “O Brasil parou de evoluir”

Cantora, de 56 anos, contou como descobriu sua paixão por redes sociais

Zélia Duncan (Foto: Divulgação/ Denise Andrade)

Zélia Duncan, de 56 anos, descobriu uma nova paixão durante a pandemia. A cantora, que pouco usava as redes sociais, passou a produzir conteúdo para o Instagram. Na série de vídeos intitulada Zóio no Zóio, a artista comenta sobre assuntos atuais, expondo sua opinião e abrindo um debate a respeito de importantes temas, como política, racismo e homofobia. Apesar da naturalidade e desenvoltura que lida com o espaço, ela se surpreendeu com a repercussão.

“Nunca imaginei que fosse ter. Até por uma questão de geração. Achava internet um saco. Resolvi fazer o Zóio no Zóio do nada. Precisava colocar um nome para o primeiro vídeo e escrevi este. Não tenho um coach, nem uma equipe de mídias sociais para me ajudar, mas minha irmã é jornalista. Ela entende de redes sociais e me dá um toque ou outro. Mas nunca fiz um post que não fosse exatamente aquilo que eu queria falar. Se não fosse tão espontâneo, eu não conseguiria fazer. Começo a falar e vou indo. Não tenho roteiro”, declara.

No post sobre fé, Zélia recebeu mais de 174 mil vizualizações. Apesar do lado espiritual forte, a cantora não é fervorosa por nenhuma religião. Além da fé, ela busca outras alternativas para se sentir em paz. “Não sou religiosa. Gosto de ioga. Acho o máximo, mas sou uma pessoa muito dura para isso. Gosto de fazer exercícios físicos e correr na rua, mas como não tem como, corro na esteira mesmo. Tem que ter uma fórmula de escape, se não a gente pira”, relata Zélia, que não perde o otimismo e a esperança de dias melhores.

“Gosto da esperança que te move, não a que te faz esperar. Na verdade, tem que melhorar! Tem uma tristezinha, mas sempre tem uma vontade de que a coisa ande. Quero dizer: ‘vamos embora’. Mas para encontrar flores no futuro, você tem que plantá-las antes. Estamos vivendo um momento da maldade. Nós precisamos reencontrar o desejo dos sonhos. O Brasil parou de evoluir. Já não era um país cheio de equilíbrio. Só que a gente piorou muito. Fora isso, entramos em pandemia. É coisa demais para nossa cabeça”, avalia.

Zélia, que acaba de lançar o CD Pelespíritoem parceria com o produtor pernambucano Juliano Holanda, e fará uma apresentação virtual do projeto, no dia 19 de junho, às 21h, fala da sua experiência com live. “As lives são necessárias nesse momento que estamos vivendo. Fiz algumas durante a pandemia. Mas elas não chegam perto da energia de estar em um palco com o público presente. É uma ferramenta importante. Pelo menos, você está cantando, consola muita gente. Mas toda live, tem uma tristeza após cada música. Quando acabo uma live, fico mais exausta do que em um show, porque tenho que imaginar as pessoas interagindo. É díficil, mas necessário”, conclui.

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