Polícia

Sorriso: Sobrinho que arrancou o coração da tia é absolvido e ficará internado.

Ele será transferido do Adauto Botelho para uma clínica psiquiátrica em São Paulo.

Sobrinho que arrancou o coração da tia é absolvido e ficará internado

Com insanidade mental atestada por laudo pericial, o sobrinho que matou e arrancou o coração da tia dele, em julho de 2019 em Sorriso, foi absolvido pela Justiça de Mato Grosso. 

Lumar Costa da Silva, de 32 anos, matou, a facadas a tia dele, Maria Zélia da Silva, de 55 anos, dentro da própria casa.
 
A decisão, feita na sexta-feira (24) e divulgada nesta segunda-feira (27), é do juiz Anderson Candiotto, da 2ª Vara Criminal de Sorriso.
 
O laudo apontou que Lumar é inimputável, ou seja, não pode ser penalizado pois não entende que o ato que cometeu era um crime. No entanto, ele ficará internado em uma clínica psiquiátrica.
 
“Por outro lado, a medida de internação é necessária, visto que o comportamento do acusado, portador de Transtorno Afetivo Bipolar Tipo I, sendo claramente um perigo a terceiros, razão, inclusive, para que a internação seja determinada cautelarmente, inclusivamente, o psiquiatra forense advertiu que “há a necessidade de tratamento psiquiátrico por tempo indeterminado, havendo nexo casual entre o diagnóstico, a psicopatologia apresentada e o ato cometido”, pontuou o magistrado.
 
Lumar possui família em São Paulo. Ele deve ser transferido do Hospital Psiquiátrico Estadual Adauto Botelho para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha (SP).
 
Ele vai cumprir a chamada ‘medida de segurança’ e passará por avaliação psiquiátrica de ano em ano.
 
“O réu não faz jus ao benefício de aguardar eventual recurso em liberdade, dada a extrema gravidade dos crimes praticados e sua manifesta periculosidade, revelando-se a manutenção de sua custódia necessária para a segurança da sociedade e do próprio acusado”, determinou o juiz.
 
O caso
 
Em 2019, Lumar se mudou para Mato Grosso alguns dias depois de tentar matar a mãe em Campinas, São Paulo. O delegado, à época, André Ribeiro, classificou rapaz como “repugnante, monstro e perturbado”.
 
A família dizia que ele é considerado uma pessoa inteligente e fala duas línguas. Ele é usuário de drogas e começou a usar droga na casa dela. Religiosa, a vítima se sentia incomodada com as atitudes do sobrinho. A família arranjou uma quitinete para ele e o rapaz se mudou da casa.
 
Em depoimento na Polícia Civil, ao sair da delegacia, afirmou à imprensa que ouviu ‘vozes’ do universo que o orientaram a cometer o crime. Ele confessou o crime e disse não estar arrependido.
 
As vozes diziam a Lumar que a tia “era uma bruxa que estava vendendo sua alma”. Lumar havia usado maconha horas antes do crime brutal.
 
Depois de esfaquear a tia, ele disse que pensou em chamar a polícia ou a ambulância, mas que a ‘voz’ o mandou “terminar com tudo isso e arrancasse o coração dela”.
 
Lumar afirmou ao médico que estava sendo controlado e que ‘assistia’ a outra pessoa que movimentava o corpo dele.
 
O sobrinho cortou o corpo da tia e retirou o coração dela. Depois de colocar em uma sacola, levou o órgão até a casa da prima, filha de Maria Zélia.
 
Lumar explicou ao médico que as ‘vozes do universo’ sumiram depois de três meses preso e que faz uso contínuo de medicamentos.
 
Leiagora

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