Política

Reunião ampliada do PSB reforça luta pela igualdade de direitos e oportunidades

Lideranças defendem debates e inclusão para superar ódio na política

Centenas de pessoas participaram da reunião ampliada promovida pelo diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB) nesta terça–feira (15) para discutir a situação dos povos originários e tradicionais no Brasil e em Rondonópolis. O evento abre uma calendário de discussões visando avaliar o cenário atual e formular propostas para ampliar a inclusão de segmentos que são marginalizados no país.

Além das principais lideranças do PSB, a reunião teve também representantes de partidos com o PDT, PV, Rede e PP, e de movimentos sociais ligados à igualdade racial e a defesa dos direitos dos indígenas. Houve também apresentações mostrando a riqueza cultural dos povos que formam a nação brasileira.

“Esse debate é necessário para reafirmamos a democracia e a pluralidade. Aqui nos misturamos, mostramos que somos iguais e que a política deve ser algo que agrega, une e eleva as pessoas”, disse o presidente do PSB.

Paulo José, que é afrodescendente, destacou os esforços feitos pela administração municipal buscando a inclusão social. “Hoje vejo muito forte a presença dos povos indígenas, que têm abertura para dialogar com o prefeito e garantir conquistas. Temos também muitos afrodescendentes e mulheres ocupando postos importantes. Todos tem espaço e atuam para melhorar a vida dos que mais precisam”, ressaltou.

O deputado estadual Roni Magnani (PSB) chamou a atenção para os avanços alcançados e atribuiu isso ao fato de Rondonópolis ser uma das poucas cidades do Estado que investe numa prática política ‘plural, com cheiro de povo’. Ele defendeu o aprofundamento da discussão sobre temas sociais como forma de superar o ódio, o preconceito e as desigualdades.

“Não me lembro de outro partido que tenha feito um debate como esse. Fiz questão de participar, até porque fui vítima de ataques violentos simplesmente por ter proposto uma homenagem à vereadora Mariele Franco, uma mulher negra que saiu da favela para lutar pelos direitos dos mais pobres e foi assassinada”, disse Roni. Ele também sugeriu a criação de uma secretaria municipal para os povos originários e comunidades tradicionais.

A vereadora Marildes Ferreira (PSB) e a primeira-dama Neuma de Moraes, candidata a deputada federal mais votada em Rondonópolis, também destacaram o debate como instrumento de qualificação da ação política.

“O nosso projeto é ajudar as pessoas e combater a exclusão, isso é o que nos motiva. Estamos avançando, mas precisamos estar vigilantes para dar sequência a esse trabalho”, disse Neuma.

Entre as lideranças populares chamou a atenção o discurso de Evaldo Rodrigues da Silva, mais conhecido como Pai Evaldo. Ele defendeu a convivência pacífica e o respeito entre as pessoas, independente da origem étnica, religião, condição social ou orientação sexual. Para ele, a utilização do ódio como instrumento político deve fortalecer a atuação daqueles que são perseguidos.

“Se olharmos a história veremos que os negros na África também tinham suas divergências. Mas ao serem escravizados e trazidos para o Brasil aquelas diferenças sumiram. O sofrimento os uniu e isso é uma lição para todos nós”, disse Pai Evaldo.

As considerações e propostas apresentadas durante a reunião vão orientar a atuação dos vereadores do PSB e as ações do partido. A legenda já anunciou que realizará outros dois eventos temáticos, um para discutir questões relacionadas aos jovens e o outro, no próximo dia 26, destinado às mulheres.

Da assessoria

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *