Estadual

Poconé: Rio”seca” e cidade pode ficar sem água tratada

Bento Gomes é responsável pelo abastecimento de água de boa parte de Poconé

Um vídeo que circulou nas redes sociais nesta semana mostra a situação de seca registrada no rio Bento Gomes, principal rio do município de Poconé (104 km de Cuiabá). Nas imagens, é possível ver a fina lâmina de água corrente no local em decorrência da falta de chuva. A situação tem preocupado os moradores e gera alerta para o racionamento de água na cidade.  

Conforme a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a escassez de água no Rio Bento Gomes, que nasce em Nossa Senhora do Livramento e percorre grande parte do município de Poconé, sendo o responsável pelo abastecimento da cidade, é causado pelo agravamento da seca que atinge a região nos últimos meses.  A região do Morro Grande, onde nasce o rio, apresenta um cenário de seca extrema em 2021. A Sema acompanha os dados gerados por estações telemétricas com mais de 300 pontos de monitoramento de chuva no estado. 

O superintendente da Defesa Civil de Mato Grosso, tenente-coronel Marcelo Reveles, explicou que a órgão estadual vem realizando o monitoramento do sistema manancial e alertou aos demais órgãos competentes sobre a situação do rio Bento Gomes, utilizado para o abastecimento de água do município. “A Defesa Civil faz o monitoramento dos sistemas mananciais aqui do Estado e através do sistema monitor de secas a gente sabe como estão todos os rios. Nós alertamos todos os órgãos a respeito dessa seca muito grande que já não é a primeira vez. Existem vários fatores que influenciam nisso, uma delas é a falta de chuva, sem dúvida nenhuma”, disse o superintendente.

Ainda segundo Reveles, a temporada de queimadas também pode contribuir para a falta de água na região.  “As queimadas são o segundo passo da seca, com a falta de chuva o nível da água vai diminuindo, a vegetação vai ficando menos saudável e o calor muito alto pode ocasionar em incêndios e a falta de água influencia principalmente no combate aos incêndios”, comentou.

Além disso, a Defesa Civil não descartou a possibilidade de racionamento e tem orientado a população para que faça o consumo consciente do recurso natural. “Esse é o principal rio da região de Poconé, então a falta de água dele influencia tanto na vida rural quanto na vida urbana. A nossa principal orientação é que a população faça o uso racional da água o ano todo, mesmo na época de chuva em que a água é abundante, porque pode faltar na época de estiagem. Evitar aqueles hábitos de lavar calçada, banhos demorados, se tiver algum vazamento em casa ou na rua que seja providenciado o concerto o mais rápido possível. Porque a água não é um bem infinito”, concluiu Marcelo Reveles.

FOLHAMAX

 

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