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Pfizer para crianças chega ao Brasil nesta semana; veja datas

Vacinas pediátricas da Pfizer chegam ao Brasil nos próximos dias, mas faltam doses por ora, com 20 milhões de crianças na população alvo. Anvisa também analisa aprovar Coronavac.
A semana começa com expectativa sobre o início da vacinação das crianças. Está prevista para os próximos dias chegada do primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer, autorizadas para crianças entre 5 e 11 anos, e estados já se preparam para dar a largada na imunização.

Chegarão ao Brasil 3,74 milhões de doses neste mês de janeiro, com 1,25 milhão vindo no primeiro voo, previsto para esta quinta-feira, 13. Os próximos lotes chegam nos dias 20 e 27.

Faltarão vacinas neste primeiro momento, já que a população nesta faixa etária é de quase 20 milhões de crianças no Brasil (e seriam necessárias 40 milhões de doses para vacinação completa, com duas doses).

O Ministério da Saúde ainda não oficializou a data de início da vacinação, mas a informação oficial é que as doses serão distribuídas aos estados no dia seguinte à chegada ao Brasil, proporcionalmente ao tamanho da população alvo.

Em São Paulo, que tem a maior população do Brasil nesta faixa etária, o governo diz que há capacidade para vacinar todas as 4,5 milhões de crianças com uma dose em até três semanas caso haja vacinas. Para chegar ao público alvo, estados planejam montagem de postos específicos de vacinação também nas escolas públicas.

A dose comprada para crianças é especifica para este grupo, com um terço do insumo normal. Um estudo mostrou 90,7% de eficácia contra casos sintomáticos nas crianças.

A chegada das vacinas coincide com a preocupação crescente sobre casos de covid-19 em crianças, em meio ao aumento geral nos contágios no Brasil nos últimos dias.

Anvisa liberou a vacina da Pfizer para crianças entre 5 e 11 anos em 16 de dezembro de 2021. O governo federal e o Ministério da Saúde, após críticas à decisão e uma consulta pública, só efetivamente incluíram as crianças no Plano Nacional de Imunização (PNI) na última quarta-feira, 4 de janeiro.

Coronavac analisada pela Anvisa

Enquanto isso, a análise da Anvisa sobre o uso da Coronavac em crianças a partir dos 3 anos também segue no radar. Na semana passada, a Anvisa afirmou que a avaliação avançou após novas reuniões e dados entregues pelo Instituto Butantan. A agência também fez reuniões com a fabricante chinesa Sinovac, que desenvolveu a vacina, além de associações de pediatria e pesquisadores do Chile, onde a Coronavac já é usada em crianças a partir de 3 anos desde o ano passado.

O Butantan entrou em dezembro com pedido de aprovação da Coronavac para crianças junto à Anvisa, mas a agência havia pedido mais dados. Na prática, as conversas ocorrem desde meados do ano passado.

Se a vacina para o público infantil dor aprovada pela Anvisa, o Butantan diz já ter em estoque 12 milhões de doses para iniciar a imunização.

A Coronavac tem sido vista como uma alternativa potencial para vacinação de crianças por sua tecnologia já conhecida (com uso do vírus inativado) e seus poucos efeitos colaterais registrados nos dias após a imunização.

Coronavírus em crianças

Embora a covid-19 tenha se mostrado, até agora, menos grave em crianças, ainda não se sabe como a variante ômicron, mais transmissível, afeta esse grupo.

Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde contabilizava 308 mortes entre crianças entre 5 e 11 anos até sexta-feira, 7.

Pediatras se preocupam ainda com a chamada covid longa, as sequelas que permanecem após a recuperação da doença e podem afetar também as crianças recuperadas.

Nos EUA, estudo do CDC mostrou ainda que houve na semana passada o maior número já registrado de infecções por covid-19 em crianças de 4 anos ou menos, ainda não elegíveis para vacinação no país, que só comporta os acima de 5 anos.

No total das faixas etárias, da média de 600.000 casos diários que têm sido registrados nos EUA, um em cada cinco é em crianças, diz o CDC.

As autoridades americanas voltaram a pedir que pais levem as crianças para serem imunizadas. Menos de 20% na faixa entre 5 e 11 anos tomou uma dose nos EUA, embora as doses estejam disponíveis desde dezembro.

O CDC pediu também que adultos que convivem com as crianças se vacinem, sobretudo as muito jovens, que ainda não podem se imunizar. “É crucial que nós as cerquemos com pessoas que estão vacinadas”, disse em coletiva de imprensa a diretora do CDC, dra. Rochelle Walensky.

 

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