Polícia

Parque da Cidade: Floresta do Sussurro volta com drive-thru do boquete.

Atos obscenos ocorrem em plena luz do dia. Nem viaturas da PMDF intimidam os homens que vão ao local à procura de sexo fácil e rápido.
homem com o pênis para fora da calça

Ávidos por uma sessão de sexo oral ou uma “rapidinha” no banco traseiro dos carros, grupos de homens voltaram a frequentar o estacionamento ao lado do Pavilhão de Exposições, no Parque da Cidade. O local é um dos pontos turísticos da capital da República. Os encontros sexuais ocorrem à luz do dia, na área verde, por onde passam famílias com crianças em momentos de lazer, ciclistas e praticantes de corrida. Os atos obscenos configuram contravenção penal, geralmente apurada por meio de Termo Circunstanciado (TC) relacionado a crimes de menor potencial ofensivo.

Nos últimos dois anos, a lascívia que incendiava os bacanais na chamada Floresta do Sussurro esteve adormecida em razão da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Com o relaxamento das medidas sanitárias, o sexo sem compromisso voltou a correr solto no lugar. Desta vez, o “drive-thru do boquete” ganhou dezenas de adeptos que cercam os automóveis ocupados por homens dispostos a saciarem o desejo pelo sexo oral.

A troca de palavras é rápida, o sexo é rotativo e a preocupação em ser visto não existe. As filas indianas na porta dos veículos são acompanhadas pelos olhares desinteressados de policiais militares que ocupavam uma viatura caracterizada parada com os rotolights ligados. Com câmeras escondidas, a reportagem chegou a filmar um homem se masturbando com a viatura da PM ao fundo (veja no vídeo mais abaixo).

Veja imagens do drive-thru do boquete na Floresta do Sussurro:

Veja vídeo do sexo que rola solto na Floresta do Sussurro:

Masturbação

Após uma sequência de sexo oral em quem estava perfilado, os motoristas que garantiam o prazer deixavam o local acelerando. Em mangueiras e arbustos, motoboys que aproveitavam o horário de folga entre as entregas também participavam das brincadeiras sexuais.

 

Nas tardes em que a reportagem flagrou as orgias a céu aberto, duplas de homens curtiam momentos de prazer ao realizar “masturbação solidária” no parceiro. Sob a copa das árvores, os casais não se intimidavam com a passagem de ciclistas nem de pessoas que se preparavam para correr nas ciclovias que cortam o parque.

Um deles, que comercializava cocos, não desperdiçou a chance do sexo fácil. Desinibido, o ambulante se masturbou dentro do carro antes de descer e colocar algumas unidades da fruta sobre o teto do veículo. Em seguida, com o pênis em riste, desapareceu em meio à vegetação. Naquele momento, havia pelo menos cinco rapazes aguardando pela transa em meio às árvores.

Mesmos sinais

Os sinais que autorizam a aproximação entre os homens são conhecidos e seguem o seguinte padrão: um carro encosta no outro, os vidros são abaixados e as portas ficam semiabertas. É a senha para o encontro, que pode ocorrer dentro do automóvel ou do lado de fora, em cima do capô, na grama, ou agarrando-se aos troncos das árvores.

Não é preciso mais de uma tarde para testemunhar cenas que são, segundo o Código Penal, tipificadas como atos obscenos.

Muitos dos carros que circulam por ali, com passageiros em busca do “fast food do sexo”, são sofisticados, de alto padrão. Os horários de almoço e de fim de expediente, por volta do meio-dia e das 18h, respectivamente, são os mais movimentados. A reportagem entrou em contato com a PMDF para saber se a corporação tem algum plano para evitar que tais grupos continuem praticando o crime de ato obsceno no local. A matéria será atualizada tão logo a corporação se manifeste.

Metrópoles

 

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