Opinião

O Caminho sem volta que o PSDB municipal está trilhando

O PSDB Partido da Social Democracia Brasileira fundado em 25 de junho de 1988, por líderes políticos como Franco Montoro, Sérgio Motta, Fernando Henrique Cardoso, Mario Covas, José Serra e outros, que viveram e defenderam com garra a redemocratização do país.

Todos esses nomes estiveram à frente de campanhas pelo restabelecimento das eleições diretas para presidente da República. Na cartilha do partido reza um posicionamento de centro e suas decisões seriam tomadas em plenário, ouvindo membros e militantes do partido.

Isto, não acontece aqui em Rondonópolis, onde, o partido está sendo liderado por pessoas que nunca fizeram política antes e por esse motivo tem dirigido o partido, a revelia da cartilha que é o estatuto da agremiação.

Líderes históricos do PSDB municipal estão descontentes com o rumo que o partido vem tomando neste ano eleitoral, onde o presidente da executiva municipal tem se aproximado de grupos de extrema direita inclusive afirmado que o PSDB serrará fileiras com o PL, que hoje tem na sua executiva o grupo mais extremista da sigla. Isso fere frontalmente o que diz o estatuto do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Em 2016 o PSDB, disputou a prefeitura municipal, tendo como candidato o ex governador e ex prefeito de Rondonópolis Rogério Salles, mesmo não tendo saído vitorioso, alcançou exatos 29.920 votos, com isso conseguiu um feito histórico e elegeu três vereadores para Câmara, número nunca conquistado antes.

Em 2020 perdeu duas cadeiras, voltou com apenas um vereador, ao que parece, na eleição deste ano, o PSDB não conseguirá ocupar nenhuma vaga no legislativo. O principal desafio é conseguir formar chapa e nisso o partido está tendo dificuldades.

Na eleição de 2020, o PSDB não lançou candidatura majoritária, apoiando o candidato Luiz Fernando Homem de Carvalho do Republicanos.

O partido dos tucanos se enveredou por um caminho tortuoso, quando os dirigentes da executiva municipal em 2018, individualmente declararam apoio ao então candidato a presidente Jair Bolsonaro, deixando de apoiar o candidato do partido Geraldo Alckmin, ali deixaram de ler a cartilha partidária, cometeram infidelidade partidária, e poderiam ser expulsos do partido.

Piorou quando assumiu o Diretório Municipal do tucanato, um militar de reserva, direitista assumido, piorou ainda mais quando recebeu de volta outro reservista, que antes já havia deixado a agremiação para se manter no cargo que ocupava na gestão do atual prefeito, ali ficou claro que não zelava pelo partido e sim interesses pessoais.

 

É sabido que militares tanto da ativa quanto da reserva, não são afeitos a conversações e decisões tomadas em assembleias, preferem tomar atitudes unilateral.

Com isso o PSDB de Rondonópolis tem se esvaziado, perdendo inclusive sua militância, muitos filiados tem pedido desfiliação, enquanto outros, estão descontentes com o rumo que o partido vem tomando neste ano eleitoral.

Com a decisão de se unir com a extrema direita, mais uma vez o diretório regional do PSDB dá um tiro no pé. E com certeza vai amargar por isso. Fazer política é para quem sabe, não é para quem pensa que sabe.

José Carlos Garcia/redação

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