Marca venezuelana Venirauto volta ao mercado com dois modelos

Criada em 2006 em uma parceria firmada entre o então presidente, Hugo Chávez, e o governo do Irã, a Venirauto retoma suas atividades na Venezuela depois de um período de inatividade. O retorno será com dois modelos de sedã, Tara e Dena, ambos derivados de antigos Peugeot.

Os “novos” carros serão montados na fábrica da montadora localizada na província de Maracay, no estado de Araguá, e devem chegar às lojas locais nos próximos meses, com preços a partir de 12 mil dólares – ou pouco mais de R$ 63 mil, na conversão direta.

Construído sobre a plataforma do antigo Peugeot 405, o Tara tem um design de carroceria que lembra um pouco o, digamos, bisneto deste, o 408. Sob o capô, ele traz um motor de 1.6 litros que gera 113 cv de potência, gerenciado por um câmbio manual de cinco marchas.

Vale explicar que o 405 – que foi lançado em 1987 – continua saindo das linhas de montagem da Iran Khodro (IKCO), dona de parte da Vernirauto, com sua aparência original, em versões de passeio e, também, picape. A marca persa é, também a responsável pelo projeto do Dena.

Esse segundo sedã, um pouco menor, tem como base o um pouco mais recente Peugeot 301, que foi lançado em 2012 ele é produzido em países como China, Cazaquistão, Espanha e Nigéria, também em uma variante com o brasão da Citroën – o C-Elysée.

O Dena também é empurrado por um motor 1.6 de 16 válvulas, vindo do Irã e um pouco diferente do que equipa seu irmão Tara. Seu câmbio é manual de seis velocidades. 

Segundo o material divulgado pela montadora, os dois modelos contam, de série, com recursos com ar-condicionado e freios com ABS e distribuição eletrônica de frenagem, e são bem econômicos, ultrapassando os 14 km por litro de média (medidos, não sabemos, por que critérios).

Com a economia em crise constante e o poder de compra de sua população bastante reduzido, a Venezuela não parece ser um dos mercados mais promissores para automóveis no momento. Mas, para impulsionar as vendas dos novos modelos, o governo promete linhas de crédito subsidiado.

Se isso será o suficiente para empurrar as vendas do Tara e do Dena, veremos no ano que vem. Até lá, a Venirauto segue sendo apenas a junção de parte dos nomes dos países envolvidos, Ven(ezuela) e Irã com o autoexplicativo “auto”.

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