Nacional

Engenheiro de MT falsificava documentos para traficar mulheres para a Austrália

 Investigações apontam Renan e o irmão dele, Rodrigo Gomes, que mora na Austrália, eram “braços” da quadrilha internacional. O grupo criminoso é alvo da Polícia Federal

O engenheiro civil de Rondonópolis (212km de Cuiabá), Renan Araújo Gomes preso, pela Polícia Federal, por integrar a quadrilha de tráfico internacional de mulheres no dia 27 de abril, era responsável por falsificar documentos das garotas aliciadas e auxiliava o irmão Rodrigo Cesar de Araújo Gomes na execução dos atos de exploração sexual, levando vítimas para a Austrália.

De acordo com a Justiça, Rodrigo Gomes, que tratava diretamente com as mulheres que eram levadas para se prostituir na Austrália, era conhecido pelas vítimas como “Lucas”. Já Renan Gomes, usava o codinome de “Thomas”, para não ser identificado pelas vítimas.

Conforme as investigações da Polícia Federal, “Thomas”, que também se comunicava com o suposto líder da quadrilha, o empresário Rodrigo Cotait, chegou a trocar 34 mensagens com Cotait, nas quais enviava documentos falsificados para garantir a entrada das garotas de programas em solo australiano.

O envio das acompanhantes se dava por meio de vistos consulares expedidos na Embaixada Australiana no Brasil, com base nos documentos falsos, cujas contrafações eram gerenciadas por Cotait, Rodrigo Gomes e Renan Gomes. As garotas, inclusive, eram orientadas pela dupla de irmãos, sobre o que dizer durante a entrevista feita pela imigração australiana na chegada ao país.

A organização criminosa foi tema de reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, na noite do último domingo(2), que detalhou o esquema internacional, que teria tentado aliciar a funkeira MC Mirella e pode ter tido, conforme a reportagem, a participação da atriz Nubia Oliveira, na indicação de mulheres.

Habeas corpus

Renan Gomes foi um dos membros da quadrilha que foi solto, ele recebeu liberdade no dia 30 de abril, após impetrar habeas corpus concedido pelo desembargador Paulo Fontes, do Tribunal Federal Regional da 3ª Região, de Sorocaba (SP).

A Operação “Harem BR”, comandada pela PF de Sorocaba, efetuou no dia 27 mandados de prisão e de busca e apreensão em Rondonópolis (MT), São Paulo (SP), Goiânia (GO), Foz do Iguaçu (PR), Venâncio Aires(RS) e Lauro de Freitas (BA).   A quadrilha com ramificação em Mato Grosso é acusada de explorar mais de 100 brasileiras fora do Brasil.

RepórterMT

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *