Opinião

EDITORIAL: Neste 12 de outubro, nada a comemorar.

No dia 12 de outubro de 1923, foi realizado no Rio de Janeiro, à época capital federal do Brasil, o Congresso Sul-Americano da Criança, esse evento reuniu estudiosos de infância e políticos de vários países. A pauta principal discutia questões educacionais, alimentares e de desenvolvimento. No ano seguinte o deputado federal Galdino do Valle Filho, apresentou uma lei que instituía, 12 de outubro como o dia Das Crianças no Brasil.

Em 5 de novembro de 1924, o então presidente da República Arthur Bernardes sancionou o Decreto Nº 4.867, que instituía essa data comemorativa em todo país.

Assim foi criado o Dia das Crianças.

Nesse 12 de outubro de 2019, quase 100 anos depois, o que sociedade brasileira tem para comemorar?

Enquanto parte das nossas crianças, viverem em lixões, forem espancadas e até mortas pelos seus genitores, estupradas por pedófilos, morrerem enquanto esperam uma vaga na UTI infantil, enquanto forem abandonadas e viverem em condições de extrema miserabilidade em barracos ou debaixo de viadutos, não temos nada a comemorar como cidadãos, menos ainda, como Cristãos.

Nessa época, muitas pessoas bem intencionadas, movidas pelo espírito fraternal, instituições sem fins lucrativos levam presentes e carinho a essas crianças que vivem à margem da sociedade, alguns políticos se esmeram em abraços e afagos tanto nas crianças como em seus pais.

O que precisa realmente é um plano nacional, para defesa e amparo aos filhos pobres da nação brasileira, uma ação envolvendo o executivo, o legislativo, o judiciário e a sociedade como um todo.

Os três poderes tem sim, desenvolvido ações isoladas, mas cada por seu lado, entendemos que para vencer esta batalha e preciso mais, muito mais que isso, é preciso que nos unamos numa força tarefa, se quisermos um dia, erradicar a miséria do Brasil.

Da editoria

 

 

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