Editorial: A tênue linha entre democracia e ditadura

 

A elite bem nascida, foi hoje para as ruas das principais cidades brasileiras para defender o governo do capitão reformado Jair Bolsonaro, com o objetivo claro de intimidar o congresso tentando mostrar apoio e força ao presidente. Este objetivo não foi atingido, principalmente em Rondonópolis, onde o capitão teve exatos 66.830, no segundo turno. A concentração que aconteceu na avenida Lions Internacional em frente ao Rondon Plaza Shopping, não reuniu mais que duas mil pessoas, segundo opinião dos próprios manifestantes.

Pelo país todo não foi diferente, manifestações pífias, com números abaixo do esperado pelos organizadores, o que reforça o descontentamento com estes cinco primeiros meses da gestão atrapalhada que o presidente Bolsonaro vem fazendo. O mandatário maior da nação tem se preocupado com assuntos periféricos, (como conceder honrarias aos seus filhos), tem jogado todas as cartas para aprovar a reforma da previdência, que se aprovada como está posta, será o achatamento da base da pirâmide social.

Senhor presidente, senhores apoiadores, Patriotismo não é só cantar o Hino nacional, é antes de tudo fazer o país evoluir como um todo, sem depreciar nenhuma das classes sociais que formam essa nação., é dar emprego ao cidadão, fazer o comércio girar, a indústria e o campo produzir. Isto é patriotismo.

Patriotismo senhor presidente, senhores seguidores, é atendimento médico, remédio nos postos de saúde, universidades funcionando, segurança aos cidadãos. (Constituição Federal de 1988 no seu artigo144- O texto dispõe, Segurança Pública é “dever do estado”) Patriotismo senhor presidente, senhores seguidores é pão na mesa do trabalhador.

Patriotismo esquisito este que baixa decreto dando direito ao cidadão comum de adquirir armas e munições, no mínimo é uma forma de fugir às suas responsabilidades que são regidas pela nossa carta magna.

Os manifestantes brasilienses, gritavam palavras de ordem contra o vice-presidente General Mourão, contra o STF e contra Congresso Nacional, esquecendo que este mesmo congresso tem liberdade e independência e que foi eleito no mesmo pleito que o presidente Bolsonaro

Vale lembrar que os três pilares que sustentam uma democracia, são JUDICIÁRIO, LEGISLATIVO E EXECUTIVO, (nessa ordem).

Muitos Bolsonaristas mais radicais, defendem o fechamento do Congresso e do STF, ou seja um golpe contra o sistema democrático, o que seria injustificável neste momento de transição, devemos sim dar voto de confiança e esperar que este governo complete pelo um ano, para que o senhor Jair Bolsonaro, mostre a que veio.  

 

O editor