EDITORIAL: A saúde precisa ser modernizada

Para os que usam o sistema público de saúde SUS, sabem perfeitamente da burocracia e das longas filas de espera, para ser atendido por um médico especialista ou mesmo para um tratamento de alta complexidade. A pandemia do novo coronavírus escancarou as fragilidades e deficiências do sistema, escancarou mais, a falta de responsabilidade e investimento na modernização do setor, a má gestão está em todos os níveis a começar pelo Ministério da Saúde, chegando na ponta que são as Secretarias Municipais. No caso específico de Rondonópolis, temos visto uma enxurrada de denúncias, feitas contra a má aplicação do dinheiro público em compras superfaturadas e desnecessárias, incluindo até mesmo a compra de respiradores falsos, numa flagrante irresponsabilidade de quem está à frente do setor.

Dentro dos laboratórios, das UPAs, dos hospitais e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SAMU, encontramos profissionais responsáveis e dedicados a salvar vidas, que levam isso tão a sério que chegam a arriscar suas vidas no desempenho da função. Mas por outro lado, olhando para a gestão em si, observamos um emaranhado burocrático, um sistema emperrado e arcaico, que não consegue se alinhar ao tempo atual, chegando ao absurdo, de ainda hoje, confeccionar carteiras de saúde à mão.

Para desemperrar o sistema e fazer uma saúde moderna e atual, é preciso que desvinculamos saúde da politicagem, onde muitos gestores visando as próximas eleições, fazem disso um palanque eleitoreiro, se esquecendo que cuidar do bem estar do povo, que nada mais é que obrigação de quem foi eleito para tal.

A modernização da saúde, necessariamente passa por um projeto do Ministério, com a criação de uma Carteira Nacional de Saúde, aos moldes dos cartões de banco, que trazem um chip, e pode ser acessado em qualquer agência da instituição bancária, no brasil ou fora dele, este documento poderá ser usado em qualquer postinho de bairro e também nos grandes centros médicos em qualquer cidade onde o portador se encontrar.

Da editoria