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Da fisioterapia de madrugada ao drible no árbitro: como foi a volta de Neymar.

Camisa 10 admitiu que teve medo de perder a Copa do Mundo e agora está pronto para enfrentar Croácia nas quartas de final.

 

Recuperado de uma grave lesão no tornozelo direito, Neymar admitiu na última segunda-feira (5), após a classificação dBrasil sobre a Coreia do Sul, que teve medo de perder a Copa do Mundo. O camisa 10 foi eleito o melhor da partida no estádio 974, em Doha, no Catar, e falou um pouco mais do tratamento ao drible no árbitro na partida que marcou o seu retorno.

Neymar sofreu uma violenta pancada do zagueiro sérvio Milenkovic, ainda na partida de estreia no Catar 2022. Com o tornozelo direito inchado, o craque perdeu os jogos seguintes contra Suíça e Camarões. Para as oitavas de final, fez de tudo para voltar a campo mesmo tendo conseguido calçar chuteira apenas no último sábado, em atividade que definiria sua escalação ou não para a partida seguinte.

O jogador contou que o trabalho de recuperação começou logo depois da partida contra a Sérvia. Da saída do Lusail à noite até o hotel em que a seleção brasileira está hospedada, a primeira sessão de fisioterapia foi terminar só às 11 horas da manhã do dia seguinte.

“Bateu um medo muito grande [de ficar fora da Copa]. Eu vinha de uma temporada muito boa, e sofrer uma lesão como eu sofri é bem duro. Passei a noite chorando muito. Mas deu tudo certo. Valeu o esforço de ter ficado até 11 horas da manhã, nesse dia, tratando com o fisioterapeuta, nos outros dias até 5. Todo sofrimento é válido para que no final a gente possa coroar algo tão bonito que vai acontecer”, disse o jogador.

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A comissão técnica ouviu o recado de Neymar ainda no centro de treinamento. O jogador demonstrou inúmeras vezes que queria jogar a todo custo e, já nas primeiras atividades com bola, pareceu estar recuperado. Aos 30 anos, ele mesmo já cogitou não jogar o próximo Mundial e, por isso, valia tudo para não encerrar essa trajetória mais cedo.

O técnico Tite voltou a usar a analogia de arco e flecha para se referir à importância do camisa 10 para o esquema de jogo do seu time.

“Essa parte de liderança técnica, quando uma equipe procura o jogador, sabe que tem ali o arco e a flecha, o diferencial. É a liderança técnica da equipe. Cada um tem uma característica marcante, ele é o centro que potencializa os demais”, disse o técnico em bom “titês”.

Neymar mostrou um pouco do que tem de melhor e de pior na mesma partida. A arrancada para cima da defesa, sem medo de levar um pontapé no local recém-recuperado (foram duas faltas no primeiro tempo) e a cobrança de pênalti com extrema categoria foram os pontos positivos; por outro lado, insistiu em uma jogada individual quando poderia ter tocado para Vini Jr.

O lance em questão passou despercebido praticamente. Ficará na memória o drible que deu em dois marcadores sul-coreanos e no árbitro Clement Turpin ao mesmo tempo. Isso sem falar na versão conselheira de um ‘adulto Ney’. Na volta do intervalo, o jogador foi visto falando com o atacante Raphinha, que ainda não marcou nesta Copa do Mundo e perdeu inúmeras chances de gol.

No fim do jogo, já de chinelos para mostrar o tornozelo recuperado e se sentir mais à vontade, o camisa 10 ainda desfilou com uma faixa em homenagem a Pelé. O Rei do Futebol está internado no hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, desde a última terça-feira devido a uma infecção respiratória e, de acordo com o último boletim médico, ele está reagindo bem ao tratamento.

De novo com Neymar em campo, o Brasil agora se prepara para enfrentar a Croácia nas quartas de final. A partida acontece na sexta-feira, ao meio-dia (de Brasília), no estádio Cidade da Educação. O vencedor do confronto pegará quem passar de Holanda e Argentina, que se enfrentam no mesmo dia, às 18 horas, no Lusail.

Não foi só a goleada da seleção por 4 a 0 que virou assunto no jogo Brasil e Coreia do Sul, não. A mudança de estilo do técnico Tite também. Quem diria: o professor entrou na onda de Richarlison e comemorou com a dança do pombo

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