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Cuiabá: exposição com obras de artistas negros marca a reabertura de museu da UFMT.

As obras ficarão expostas a partir da próxima quarta-feira (28), das 13h às 19h…

A exposição “À Flor da Pele: Arte Negra no Museu”, dedicada a artistas negros mato-grossenses, marca a reabertura do Museu de Arte e de Cultura Popular (Macp) da (UFMT).  — Foto: Reprodução/UFMT
A exposição “À Flor da Pele: Arte Negra no Museu”, dedicada a artistas negros mato-grossenses, marca a reabertura do Museu de Arte e de Cultura Popular (Macp) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, que ficou fechado durante dois anos em decorrência do isolamento.

As obras ficarão expostas a partir da próxima quarta-feira (28), das 13h às 19h.

O evento é uma parceria com o Museu de Arte Sacra de Mato Grosso (MAS-MT).

A mostra é uma exposição com artistas jovens e artistas canônicos, que possuem suas obras no acervo do MACP. O trabalho busca o diálogo entre gerações de artistas negros e negras que passaram pelo museu.

O evento conta com artistas plásticos mato-grossenses, como Gervane de Paula, Paty Wolff, Paulo Pires, Adão Silva / Babu 78, Elaine Fogação, Rodolfo Luis, Sol Ferreira, Vânia de Paulo, Nilson Pimenta, Benedito Nunes, Osvaldina dos Santos, Clínio de Moura e o artista Baiano Rubem Valentim in memoriam Alcides Pereira dos Santos.

A programação oferece rodas de conversa, exibição de filmes e visitas guiadas. A acessibilidade desta mostra é realizada em parceria com o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da UFMT.

Para a curadora Ludmila Brandão, a exposição se destaca pela natureza irruptiva do movimento negro que enfim habita o espaço público.

“Em 1988 o MACP sediou a exposição chamada Negra Sensibilidade com trabalhos de nove artistas negros (uma mulher) em uma espécie de homenagem de um museu universitário a esses operários da arte. Esta exposição não é uma homenagem, ao contrário, é uma ocupação, uma irrupção ético-estética que toma de assalto o sistema de arte com seus cubos brancos e artistas igualmente brancos, quase todos homens, até então”, destacou.

Para Viviene Lozi, integrante do conselho curador, a temática se revela pertinente nos dias atuais, pois o racismo no Brasil ainda é latente e precisa ser discutido e levado para os espaços museológicos.

“A arte negra não é só apenas uma arte objetivada, ou colocada como coadjuvante. Pelo contrário, dentro da perspectiva de nosso estado é uma arte muito expressiva, e basicamente os artistas plásticos mato-grossenses ajudaram a formar a identidade desse Estado, com que há de mais genuíno dentro de suas produções”, explicou.

Mais informações no site da Universidade Federal de Mato Grosso.

G1
Foto: Reprodução/UFMT

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