CPMI, diz que Secom disparou mais de 2 milhões de anúncios em sites pornográficos e canais de ódio

A CPMI – Comissão Mista de Inquérito, que está investigando as Fake News. Apontou que A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República SECOM, presidida por Fábio Wajngarten, comprou inserções com verba pública, e que foram disparadas mais de 2 milhões de vezes em sites considerados inadequados. Entre eles estão sites que divulgam notícias falsas, oferecem investimentos ilegais e até aplicativos com conteúdo pornográfico.

O relatório, elaborado por consultores legislativos, foi divulgado nesta terça-feira pela CPMI. Seus dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso a Informação (LAI). O relatório diz que, apesar de ter solicitado informações do período entre janeiro e novembro de 2019, a SECOM, arbitrariamente só forneceu dados referentes a 38 dias, entre 6 de junho e 13 de julho do ano passado.

 A verba utilizada neste período era para a campanha sobre a Reforma da Previdência e se refere a recursos distribuídos na internet por meio da plataforma Adwords e Adsense do Google. Essa publicidade é direcionada de forma automática aos sites pelas plataformas, mas é possível ao anunciante bloquear tanto sites específicos quanto categorias de assunto”

Fábio Wajngarten, tem criado polêmica desde sua chegada a SECOM, porque ele continua sócio da FW Comunicação e Marketing, empresa que presta consultorias e serviços para emissoras de TVs e de publicidade, que são contratadas pela Secretaria que ele comanda, o que implica em conflito de interesses, denunciou o Jornal Folha de São Paulo.

As decisões tomadas por Fábio, podem afetar contratos com emissoras desafetas e supervalorizar os contratos com aquelas que de maneira parcial, estejam beneficiando o governo, Isto por si só, configura improbidade administrativa, que prevê penalidades como a exoneração do agente público.

  Da redação

Foto: Internet