Chefe do escritório do Crime no Rio de janeiro é morto na Bahia.

Morto na manhã deste domingo 9, pela polícia da Bahia, o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido apenas como Capitão Adriano, tinha certeza que seria morto, como queima de arquivo. Pois ele sabia demais.

Ele é apontado como chefe do Escritório do Crime, um grupo que age a zona oeste do Rio de Janeiro. Adriano é citado em duas investigações do Ministério Público fluminense: da morte da vereadora Marielle Franco, e a que apura um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro.

Foragido desde janeiro do ano passado, Adriano estava na Bahia. O ex-capitão do Bope nunca havia falado diretamente com seu advogado, Paulo Emilio Catta Preta, até a quarta-feira passada, preocupado com os últimos movimentos da polícia, ligou para ele e relatou que tinha “certeza” de que queriam matá-lo para “queimar arquivo”. A viúva do miliciano também fez o mesmo relato.

Adriano foi morto, na zona rural de Esplanada, pequeno município baiano, por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Bahia, e Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública, encontraram e mataram o foragido, alegando uma possível reação do Capitão.

Adriano e Fabrício Queiroz, trabalharam juntos no 18ºBatalhão da PM, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Alguns anos depois Queiroz recrutou a mãe e a esposa do Capitão Adriano que já se tornara um perigoso miliciano e notório no submundo do crime, para trabalharem com ele no gabinete de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual no Rio de Janeiro. Em dezembro passado, o Ministério Público, constatou que Queiroz usou as contas bancárias da mãe e da mulher de Adriano para repassar parte do salário delas, em um esquema que ficou conhecido como “rachadinha” no gabinete do então deputado Flávio. Em 2005, Flávio Bolsonaro chegou a homenagear o miliciano com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Rio de janeiro.

Da redação

Foto: Internet