Nacional

Chefe da maior milícia do Rio, morre após operação da Polícia Civil

Ecko morreu após ser ferido em operação da polícia

Foto: reprodução/Rodrigo de Souza

A Polícia Civil informou que o miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto neste sábado, dia 12, foi baleado duas vezes na Operação Dia dos Namorados. Ele era o chefe da maior milícia do Rio e um dos bandidos mais procurados do país. O primeiro tiro ocorreu na casa da família dele, na comunidade Três Pontes, em Paciência, onde estavam sua mulher e três filhos, enquanto tentava fugir. Já o segundo, de acordo com Tiago Neves, da Subsecretaria de Inteligência, foi dentro da van que o levava até o helicóptero, onde Ecko tentou retirar a arma de uma policial. Policiais que estavam na van relataram que o criminoso chegou a apertar várias vezes a arma da agente, mas o equipamento estava travado. Então um colega dela, lotado na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPim), efetuou o disparo.

Ainda segundo os investigadores, no momento na abordagem ao miliciano dentro de casa, ele mostrou-se alterado, levantando hipótese de ter usado drogas. Os agentes descreveram gritos de que ele era “o Ecko” é que era o “Welington”. Um dos policiais contou que mesmo ferido, o criminoso dizia que estava bem.

Investigadores tinham descoberto que Ecko visitaria a mulher no Dia dos Namorados, conforme revelou o subsecretário de Polícia Civil, Rodrigo Oliveira, na coletiva para detalhar a ação, na Cidade da Polícia. Segundo o subsecretário, foi feita uma prontidão de três dias.

Após o primeiro tiro, Ecko foi levado de Paciência para a Lagoa, de helicóptero, de forma a cumprir o procedimento para casos como esse. Durante o trajeto, houve o segundo tiro. De lá, foi de ambulância até o Hospital Miguel Couto, onde chegou morto.

O delegado Felipe Curi, diretor do Departamento de Polícia Especializada, detalhou como se deu a ação para localizar Ecko.

— Estávamos hoje (sábado, dia 12) desde o início da madrugada perto do local com quatro equipes concentradas em algum locais. Estávamos aguardando informações com nossa inteligência se o alvo ia ou não se encontrar com sua esposa por ocasião da data (dia dos namorados). Tivemos uma confirmação de que ele tinha chegado ao local por volta das 5h. Não tínhamos 100% de certeza, e sim 95%, mas só entraríamos com 100%. Fizemos uma digilência e confirmamos. Tivemos um efetivo muito reduzido, com 20 policiais. Equipes entrando na parte de trás da casa, outros entrando pela frente. Quando o helicóptero sobrevoou, ele tentou fugir justamente por trás. Houve algum confronto, e ele voltou pela frente. As equipes que entraram pela frente literalmente deram de cara com ele e o neutralizamos.

Presente na coletiva de imprensa, Claudio Castro tirou uma foto junto com os agentes que participaram da operação e elogiou o trabalho.

— Hoje é um dia histórico, porque havia principalmente alguém que sintetizava, que simbolizava a impunidade. Essa figura era o Ecko — afirmou, ressaltando, contudo, que não comemora a morte propriamente dita. — Não celebramos a morte de ninguém. Mas celebramos que tiramos de circulação alguém que fazia tão mal à sociedade. Pegamos ele vivo ainda, queríamos ele preso. Por circunstâncias, isso não aconteceu.

Extra Digital

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *