Polícia

Chapecó: mulher é resgatada ‘com medo’ , após ser mantida em cárcere privado por companheiro.

A família da vítima desconfiou de que ela pudesse estar sofrendo agressões do companheiro. A mulher foi resgatada terça-feira (31).

Uma mulher de 32 anos foi resgatada após ser mantida em cárcere privado pelo companheiro de 35 anos em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A denúncia foi registrada por volta das 9h de terça-feira (31). A vítima estava assustada e com lesões, segundo a polícia.

A Delegacia de Polícia Civil recebeu a denúncia da família da vítima, os quais contaram que o homem poderia estar mantendo a vítima em cárcere privado, pois dificilmente conseguiam contato com ela senão com autorização, na maioria das vezes usando o telefone celular dele e com ele perto.

Ainda conforme denúncia, no domingo (5) à noite conseguiram fazer uma videochamada. No vídeo foi possível perceber, segundo a família, que ela estava muito amedrontada, e com lesões. Em função dos fatos, resolveram chamar a polícia.

A vítima foi encontrada pela polícia na rua Nilo Peçanha, no bairro São Cristóvão, no local estavam o suspeito e a vítima. Conforme a guarnição, a vítima contou que era mantida trancada na casa, era impedida de sair sem a companhia do homem e também não podia entrar em contato com familiares.

Foi percebido pelos polícias, conforme relato, o extremo temor da vítima quanto ao suspeito. A mulher tinha lesões nas pernas, costas e braços. O homem foi preso em flagrante e conduzido à Central de Plantão Policial.

 
 

Região líder em feminicídios

A região Oeste de Santa Catarina lidera o ranking estadual de feminicídios. Já são três anos seguidos, segundo dados de 2020 a 2022 da SSP/SC (Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina).

Até o dia 14 de dezembro de 2022, a região somou 19 dos 54 feminicídios registrados no Estado no ano, o que representa 35% das mortes motivadas por violência doméstica ou por menosprezo à condição de mulher.

Como denunciar

Em caso de suspeita de violação dos direitos de uma mulher, a vítima, ou o denunciante, deve procurar a delegacia de polícia especializada mais próxima. A denúncia pode ser feita nos números de telefone 180, 190 ou 197. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas, todos os dias da semana.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que apoia a Operação Maria da Penha, também mantém a Central de Atendimento à Mulher — Ligue 180, que oferece escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência, registrando e encaminhando denúncias, reclamações, sugestões ou elogios aos órgão competentes.

R7
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