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Brasileiras que criaram absorventes sustentáveis ganham prêmio na Suécia

Os absorventes descartáveis têm um custo médio de R$ 0,02 apenas – Foto: reprodução

Duas jovens estudantes brasileiras do Ensino Médio que criaram os absorventes sustentáveis “SustainPads” – já mostradas aqui no Só Notícia Boa – acabam de receber na Suécia o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo (Stockholm Junior Water Prize – SJWP). Que conquista!

Elas foram escolhidas entre projetos de 36 países que concorreram na grande final. A pesquisa que desenvolveu absorventes higiênicos de baixo custo e ambientalmente sustentáveis, recebeu o Prêmio de Excelência.

A conquista equivale ao segundo lugar do SJWP. As duas vencedoras são do Rio Grande do Sul.

Time de ouro

Estudantes do Campus Osório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), as alunas de ensino médio Laura Drebes e Camily Pereira, foram orientadas pela professora Flavia Twardowski.

Laura e Camily foram as únicas representantes do Brasil no evento. Na cerimônia, as apresentadoras fizeram questão de destacar a importância dos absorventes para a dignidade humana e para o desenvolvimento sustentável.

Elogiadas por pensar fora da caixa

Elas também foram elogiadas pela paixão, empatia e habilidade para pensar fora da caixa.

Um certificado foi entregue às meninas pela princesa Vitória da Suécia, que é a patrona do prêmio.

Emocionadas, Laura e Camily discursaram em inglês e disseram o quanto estão felizes por representar o nosso país. Elas também agradeceram a todos que contribuíram para que o projeto e a participação delas no evento fosse possível.

“Estou sem palavras para expressar meus sentimentos neste momento, muito feliz por contribuir para a ciência mundial”, falou Laura. Camily acrescentou o quanto o projeto mudou a sua vida e o modo como ela vê o mundo.

As jovens desenvolveram absorventes higiênicos mais baratos e ambientalmente sustentáveis, em comparação com os produtos encontrados no mercado, feitos de algodão e plástico.

Os materiais dos absorventes delas foram produzidos a partir das fibras da palmeira juçara e do pseudocaule da bananeira (subprodutos industriais da região do litoral norte).

Dos resíduos da indústria nutracêutica (de cápsulas de medicamentos), as estudantes criaram um biofilme que envolve a parte interna do absorvente e é colocado dentro de suportes feitos com sobras de tecido.

O baixo custo dos absorventes, que é de R$ 0,02 em média, contribui para reduzir o problema da falta de acesso a produtos adequados para o cuidado da higiene menstrual.

Só Notícia Boa/com informações de IFRS

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