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Aspartame: saiba quantidade considerada segura para consumo pela OMS

Ao definirem aspartame como possivelmente cancerígeno, os cientistas reviram o limite aceitável para o consumo humano diário

 
Foto colorida de mão branca colocando sachê de adoçante em xícara de café. Ao lado, há um celular e a outra mão segura uma colher pequena - Metrópoles
 

Getty Images

O aspartame entrou na lista de alimentos possivelmente cancerígenos, decisão tomada pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS). Também foram atualizados os níveis seguros de consumo da substância.

O adoçante usado em cerca de 6 mil produtos industrializados é, agora, considerado um alimento do nível 2B. Isso quer dizer que há pesquisas científicas que apontam seu potencial em gerar câncer no sistema digestivo, mas que ainda faltam estudos que solidifiquem o entendimento de como ele pode influenciar este quadro.

Foi decidido que os níveis estabelecidos nos anos 1980 seguem sendo os recomendados, com a ingestão ao dia de até 40 mg de aspartame por quilo.

Assim, um indivíduo com 70kg, por exemplo, teria que tomar entre nove e 14 latas de refrigerante diet adoçado com aspartame por dia, dependendo da marca escolhida, para ultrapassar o nível considerado seguro.

Desta forma, no grupo 1, em que há certeza do potencial, está tanto o hábito de fumar quanto ser bombeiro como profissão. Junto com o aspartame, no grupo 2B, estão o consumo de aloe vera, extrato de ginko biloba e a inalação de gasolina, por exemplo.

 
As pesquisas científicas sobre o aspartame foram consideradas limitadas e não convincentes por ter pouca ligação com os humanos. Ainda assim, há estudos, como um publicado em 16 de junho no International Journal of Cancer, por exemplo, que apontou haver maior risco de câncer colorretal e de estômago entre diabéticos que usavam a substância.

O que é o aspartame?

O aspartame é um adoçante artificial criado em 1965. Ele é quase 200 vezes mais doce que o açúcar e, por isso, é usado em pequenas quantidades gerando um intenso dulçor, o que inicialmente levou a sua recomendação para diabéticos.

Seu uso, porém, já foi associado até a ansiedade em estudos científicos, mas se for ingerido acima da dose recomendada.

Embora seja mais associado às bebidas industrializadas diet, o aspartame está em cerca de 6 mil produtos industrializados, incluindo:

 
  • Bebidas (sucos, chá gelado, águas aromatizadas, refrigerantes);
  • Cereais matinais;
  • Chicletes e balinhas;
  • Produtos lácteos, especialmente em versões light;
  • Frutas em conserva;
  • Sobremesas light;
  • Sorvetes;
  • Barras de cereais;
  • Medicamentos, especialmente para crianças;
  • Adoçantes de mesa.

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