Curtíssimas

Alta do dólar pode durar mais tempo e desagrada os brasileiros.

A desvalorização do real, embora desagradável, é parte da estratégia do governo para estimular a volta dos investimentos internacionais.

Uma máxima entre os especialistas em finanças diz que ministro da área econômica não opina sobre dois assuntos: câmbio e taxa básica de juros. A resposta à quebra dessa regra draconiana vem pela mão pesada do mercado, que entra em ação para lembrar que não existe um pronunciamento correto nesse assunto — o correto é não falar. O ministro da Economia, Paulo Guedes, na segunda-feira 25, deu um recado aos brasileiros preocupados com a recente alta do dólar. Em resposta a um jornalista em Washington, Guedes disse: “É bom se acostumar com câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”. Imediatamente, a moeda brasileira encolheu quase 2% e o dólar fechou em 4,24 reais, o maior valor nominal desde 1994. No dia seguinte, a moeda americana abriu o mercado em 4,27 reais, encolheu um pouco de valor e fechou na quarta em 4,26 reais, cravando outro recorde nos 25 anos de existência da moeda brasileira. Tal oscilação é alarmante para todos os brasileiros que pretendem viajar para o exterior ou que fizeram compras em moeda americana em seus cartões de crédito. Como o cálculo de câmbio leva em conta taxas de transferência de divisas, impostos, além das margens de corretagem dos agentes financeiros, é bem provável que o valor de conversão para as operações feitas na última semana chegue bem perto de 5 reais

Por mais dolorosa que possa parecer, a frase de Guedes faz sentido e funciona como uma espécie de aviso para quem tem esperança de encontrar câmbio mais favorável na temporada de férias daqui a um mês.

Redação VEJA

 

 

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