Opinião

A oratória e a mediação de conflitos

Por Lucas Silva Costa

Em algum momento da vida será inevitável passar por uma situação de conflito. Na escola, no trabalho ou na vida pessoal há ruídos e questões que podem ocorrer a qualquer momento. E a arte de mediar conflitos pode estar ligada a habilidade de aplicar inúmeras técnicas, como saber negociar, demonstrar empatia e compaixão, mas além disso, também é essencial utilizar a comunicação verbal de forma eficaz. Para resolver problemas ter uma boa oratória é fundamental.

A forma de ser comunicar está diretamente ligada à mediação de conflitos. E para gerenciar crises a oratória é decisiva. Pois por meio de comunicação eficiente e clara é possível estabelecer conexão com interlocutor. Neste sentido a máxima, “comunicação é o que outro entende e não o que você diz”, é a eterna busca da compreensão. 

Na mediação a boa oratória ajuda a demonstrar conhecimento do assunto e a construir uma ideia com início, meio e fim. Para isso é fundamental utilizar técnicas que compõem a boa oratória, como uso adequado de palavras com frases curtas e palavras de fácil entendimento, uso dos gestos, da comunicação visual e a entonação adequada da voz. A utilização dessas técnicas cria um ar de empatia, aumenta o foco, e quebra barreiras pré-existentes.

O conhecimento das técnicas de oratória também é importante quando o mediador está na postura da escuta. Dessa forma é possível extrair e entender as informações mais importantes, e assim demonstrar compaixão e empatia com o sentimento alheio, esta é a técnica da “escuta ativa”.

Durante o processo de entender o conflito se aplica a técnica rapport, que nada mais é que desenvolver uma relação de empatia com o interlocutor. O propósito dessa técnica é ganhar confiança e incentivar o diálogo aberto e produtivo.

Tomada a decisão, é hora de colocar em prática as técnicas da oratória. Para isso o discurso deve ser objetivo, conciso e claro. É preciso utilizar frases na ordem direta, focar no assunto, ser preciso na informação e sem rodeios. Evitar vícios de linguagem e a utilização de clichês é imprescindível para que a defesa da tese seja entendida, como argumento puramente técnico e imparcial.

Tudo pode ser aprendido por meio de aulas, treinos e prática, e fica claro que se engana aquele que acredita que falar bem em público é um dom. Existem várias estratégias que podem ser aplicadas e ensinadas e todos possam se tornar profissionais com excelente oratória.   

É possível desenvolver a oratória ao longo da vida com dedicação. Qualquer um pode aprender a falar bem em público ou até mesmo utilizar a boa oratória para mediar e resolver conflitos. Com a oratória é possível se expressar com desenvoltura e eloquência, seja para pequenos ou grandes grupos de pessoas, independente da área de atuação.

Lucas Silva Costa é Engenheiro Eletricista e Civil, formado pela VOX2YOU em oratória, atualmente franqueado da maior rede de escolas de oratória da América Latina

GazetaMT

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *