Opinião

A Comunicação Pública que dá resultados

*Karol Garcia

Como gestora em Comunicação Pública um dos maiores aprendizados que tive até hoje foi: tenha aliados da sua marca/gestão. Uma rede de stakeholders (na tradução literal “parte interessada”, mas pode ir além disso) fortalecida fará total diferença na imagem de um agente político – seja em mandato ou em busca de um, seja no Legislativo ou no Executivo.
Abrir esse artigo já com essa chave é para justamente chamar a atenção para algo tão comum no meio político, no qual atuo há mais de 20 anos: a confusão que há entre as pessoas consideradas, e na maioria são mesmo, bajuladores e aqueles que são treinados, preparados, capacitados para levar adiante informações baseadas em fatos reais, consistentes e mensuráveis. Ou seja, a rede de stakeholders fortalecida.
Obviamente me refiro a um cenário em que o agente político é ativo, atuante, de resultados e o desafio é construção de uma imagem e posicionamento que vão fazer com que o cidadão veja isso. O jogo tem que ser do “ganha-ganha”.
Observe. Quando não há o mapeamento da rede de stakeholders de um gestor público, ou pretenso, qualquer estratégia será paliativa, superficial e sem efeitos a médio e longo prazos. O famoso “tapa buraco”.
Este diagnóstico é necessário para criar o fortalecimento de marca, com um campo de visão amplo e não ficar girando entorno do “dono” do mandato. Erro grave por sinal.
Na Comunicação Pública isso precisa ser muito bem delineado. Então pega o segredo da massa do bolo: as intenções e ações são sempre com o foco no público, não na gestão ou no gestor.
Não há melhor estratégia quando a reputação precisa ser melhor trabalhada e até reconstruída em um pós-crise. Digo sempre aos clientes em perigo: “sai de cena!”
Vender a ideia de que, de fato, seus interesses são na coletividade, prospectar ações que falem por si, mostrar resultados comparativos muda tudo. É saber empacotar o que se tem nas mãos, o que a maioria não sabe fazer e o cidadão fica, muitas vezes, sem saber, pois não chega até ele.
E qual o risco se não for desta forma? Te respondo com muita segurança: ao invés de fortalecer o agente político em questão, haverá uma sobrecarga e a construção de uma imagem de um líder controlador, sobrecarregado, ineficiente, improdutivo e uma população desinformada e insatisfeita, pois não tem acesso à informação precisa e eficaz que pode descomplicar.
Por isso, grave: tenha aliados da sua marca que agregam a ela! Isso exige campo de visão amplo, treinamento, investimento de tempo e recursos, repertório afiado, e outro. O resultado valerá a pena, pois se tem uma coisa potente e que ecoa é a Comunicação Pública quando bem feita. E posso provar.

Karol Garcia é jornalista, consultora, trainer em oratória e media training, especialista em Comunicação Pública e Corporativa, ex-secretária de Comunicação de Cuiabá, diretora da KG Inteligência em Comunicação

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