Março amarelo: conheça endometriose e como melhorar a vida íntima

O Dr. Rodolpho Truffa Kleine, médico assistente do ICESP e a educadora sexual Aryanne Marques, explicam como melhorar cuidados com o distúrbio

Por Bruna De Santis

Reprodução/EstadodeMinas

Muitas mulheres sofrem com muitas dores e cólicas mentruais intensas quando estão perto do período menstrual, tornando um dificuldade na rotina e principalmente na vida íntima.

Para explicar melhor sobre o assunto conversamos com o Dr Rodolpho Truffa Kleine, médico assistente do instituto do câncer do estado de São Paulo (ICESP) e especialista em ginecologia minimamente invasiva, que listou quais são os principais sintomas de endometriose:

“Os principais sintomas são dores fortes na menstruação, dores na relação sexual, sangramento ou mudança de padrão do intestino na menstruação, sangramento ou ardência para urinar, inchaço abdominal e em alguns casos infertilidade”, destaca.

Muitas melhores por conta do distúrbio tem muitas dificuldades durante o ciclo menstrual, segundo o doutor. “O ciclo de uma mulher com endometriose é mais doloroso, tanto no período da menstruação, com dores bem fortes que podem impedir de trabalhar, se divertir e fazer suas atividades cotidianas. O ciclo não necessariamente é irregular ou com padrão de sangramento aumentado, embora isso possa ocorrer. Outra alteração marcante é a presença de dores crônicas, mesmo que não incapacitantes, um tipo de dor que está sempre presente durante o ciclo”, afirma.

Infelizmente, não só a saúde física das mulheres portadoras de endometriose é afetada. A psicológico por não conseguir realizar determinadas tarefas tamb´me é sobrecarregado. “As mulheres portadoras de endometriose podem sofrer preconceito pela incapacidade de alguns de não entender a intensidade da dor, ou o sofrimento diário, ou a dor para ter relação sexual, etc… Isso é muito ruim pois abala ainda mais psicologicamente a pessoa que já se sentia abalada”, pondera Dr Rodolpho Truffa Kleine.

 1. Pense positivo sobre sexo:

Não deixe que a endometriose seja emocionalmente uma muleta sabendo de todos os incômodos que a endometriose causa mas toda mulher merece ter prazer na intimidade. Cuide das emoções através de boas leituras, psicoterapia, e alimentando um mentalidade positiva sobre sexo. Sempre que for ter ralação diga três frases positivas para você, pois tudo que é produzido em nossa mente, manda uma mensagem para todo o nosso corpo.

2. Fazer exercícios íntimos:

É muito importante que esta mulher faça os famosos exercícios íntimos kengel, pompoarismo para que ela consiga ter uma boa percepção desse canal vaginal, concentrando ainda mais a sua sensibilidade sexual no canal, região do clitóris e não sentir tanto os incômodos da endometriose.

3. Invista nas preliminares:

A mulher para ficar excitada o suficiente para ser penetrada com máximo conforto deve ter em média de 400 a 500 ml de sangue circulando na região íntima. Portanto, a prática das preliminares para que isso aconteça é essencial, ou seja, capriche em muitos beijos na boca, estímulos através de sons, toques e palavras

4. Use lubrificantes:

O lubrificante e muito importante caso essa mulher não esteja tendo lubrificação natural para que o atrito da penetração fique suave e agradável e não um atrito seco e dolorido.

5. Estimule bem o Clitóris:

Com uso do lubrificante, é muito importante que o marido massageie bem o clitóris para que a excitação esteja realmente completa e a sensibilidade esteja no prazer e não na dor. O clitóris tem em média mais de oito mil terminações nervosas, que facilita a intensidade do orgasmo feminino, portanto, aproveitar essa sensibilidade para diminuir os incômodos e intensificar o prazer pode ser simplesmente fantástico.

6.Tenha um bom estilo de vida:

Um dos grandes problemas da mulher com endometriose é o estilo de vida que ela leva. Procure ajuda médica e nutricional. A dieta anti-inflamatória, a prática regular de exercícios físicos e o gerenciamento do estresse são fatores fundamentais para ajudar no tratamento da endometriose, associados ao acompanhamento médico adequado.

iG-Coluna Delas