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O ribeirão Arareau chora (PARTE 2)

Nem vou falar muito do cinema. Joelson Santos um provocador cultural sem igual, lançou o filme “Veneta”, em 2019, por veneta mesmo, por marra, na sua mais sincera lucidez. Deve estar devendo algum pagamento, ou o fez desfazendo de algum bem pessoal. E, ainda propaga que está produzindo o segundo filme, tem que ser um cineasta pogubense de marca maior para fazer esse enfrentamento. Esse também é um rondonopolitano de boa cepa.

Sonhei o sonho dos artistas na mudança de coordenação para secretaria de cultura, ávido por ver a cultura dá um passo à frente. Via os festivais de cultura, feitos na gestão do prefeito Rogério Salles, com a arrojada secretária de cultura Janete Carvalho, também os projetos se tornando reais na segunda gestão do prefeito Percival Muniz, quando adotou a ora sumida Lei Juca Lemos. Era só um sonho mesmo, sonhado junto, mas que não progrediu. Puff. Só mudou o nome da pasta, isso lá em 2013. 

O artista plástico Denis Maris e sua obra

Enfim, uma cidade cosmopolita, que acaba de ser reconhecida como Capital Regional pelo IBGE, como é Rondonópolis, precisa estender as mãos à arte, à cultura locais. Com um contingente enorme de profissionais das mais distintas áreas já mencionadas, que ora reforçamos, como a literatura, pintura, escultura, música, dentre outras, e que, bastante desenvoltos em suas habilidades, possuem uma voracidade imensa em divulgar seus trabalhos, semeando conhecimento, cultura, história e alegria por todos os rincões dessa cidade, e que, juntos com o ribeirão Arareau, têm muita história, e poderão mantê-la e ainda deixar legado, a depender, muito, da intervenção do poder público. 

Em vista disso, percebe-se que a tão sonhada ajuda financeira pública para os artistas, nesse momento do coronavírus, não progride em nossa cidade, de forma alguma. Famílias que dependiam da arte estão passando por privações e vendo os projetos dos seus filhos ficarem esquecidos e mofando, pela falta de uma ação política – e merecida – a seu favor. O nosso entremeio do riacho e rio, chora também, e acho que chora chorume de tanta vergonha, por todo o contexto, talvez pensando que o passado era bem melhor que o agora futuro, ora chamado de presente, para ele o ribeirão, e para nós que nos nominamos à guisa de artistas.

Hermélio Silva

Formado em Marketing, escritor com 24 livros publicados. Membro fundador da Academia Rondonopolitana de Letras – ARL, cadeira nº 06. Membro do Comitê Nacional de Cerimonial Público – CNCP. Secretário de Comunicação da Câmara Municipal de Rondonópolis (2015 e 2016, 2018…).

 

 

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