Polícia

Cuiabá / Advogados que espancaram mulheres devem ter registros cassados pela OAB

Os casos de agressão aconteceram entre a madrugada de sexta-feira (18) e a madrugada de sábado (19) e todos os três foram presos em flagrante.

Gisela Cardoso, presidente da OAB, afirmou que advogados podem ser excluídos da OAB.

Após três casos em sequência de advogados que foram presos por agredir mulheres em Cuiabá, a Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT) decidiu se manifestar e afirmou que eles podem ter os registros profissionais cassados.

Os casos de agressão aconteceram entre a madrugada de sexta-feira (18) e sábado (19) e todos os três criminosos foram presos em flagrante.

A presidente da OAB, Gisela Cardoso, informou em coletiva à imprensa nesta quarta, que já encaminhou instauração dos processos éticos disciplinares dos juristas para suspensão preventiva. “Isso pode sim levar à exclusão dos quadros da ordem devido à violência praticada, com base na súmula nº 09/2019 e no reconhecimento da inidoneidade, que é requisito para o exercício para a advocacia, pode levar sim à exclusão dos quadros da ordem”, disse a presidente.

“A todos serão deferidos os direitos da ampla defesa e do contraditório, para responder todas as acusações, seja na esfera administrativa, seja na esfera judicial”, acrescentou.

 

Agressões

O primeiro foi o advogado Nauder Junior Alves Andrade, de 28 anos, que tentou matar sua namorada com uma barra de ferro, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, na madrugada de sexta.

O segundo é do advogado Marcos da Silva Borges que agrediu a ex-esposa e ainda esfaqueou uma amiga dela, dentro de um apartamento no bairro Duque de Caxias 2, em Cuiabá na noite de sábado.

Já o terceiro, foi o procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Benedito César Correa Carvalho, 53 anos, que enforcou e manteve em cárcere privado uma garota de programa, no bairro Araés, em Cuiabá.

 

Feminicídio de advogada

Além dos casos de agressões, também foi registrado o feminicídio da advogada Cristiane Tirloni, na madrugada de domingo (13), em Cuiabá. A mulher tinha passado a tarde de sábado (12) em um churrasco com a família e amigos e, por volta das 22 horas, foi com um primo até um bar nas proximidades da Arena Pantanal.

No local, conheceu o ex-policial Almir Monteiro dos Reis. Por volta de 23h30, o primo dela foi embora e a deixou com o ex-PM. Após isso, ela foi para casa do homem, onde acabou violentada, espancada e morta por asfixia.

Pela manhã, Almir pegou o carro da vítima, a colocou dentro do veículo e a levou até o Parque das Águas e deixou por lá. Ela só foi encontrada pela tarde, quando seu irmão notou o desaparecimento e rastreou seu celular. A mulher já estava morta.

Almir foi preso horas depois, já na madrugada de segunda-feira (14). Durante a prisão, ele deu diversas versões sobre o crime. Afirmou até que a vítima teria caído e “batido a cabeça” mais de quatro vezes.

 
RepórterMT

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