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Infectologista explica os riscos de contrair ‘doença do beijo’ e outros vírus durante o carnaval.

O contato direto com a saliva é uma das principais formas de transmissão do vírus.

Infectologista explica os riscos de contrair ‘doença do beijo’ e outros vírus durante o carnaval

Carnaval é sinônimo de diversão, vários blocos na rua e muita folia. O período, que acontece no mês de fevereiro, é o mais esperado do ano, contudo, a aglomeração junto com a redução da preocupação com hábitos de higiene podem contribuir na propagação de vários vírus que desencadeiam algumas doenças, como a conhecida ‘doença do beijo’.

Este tipo de infecção, ocasionada pelo vírus Epstein-Barr, tem a saliva como uma das principais formas de transmissão ocasionando a doença conhecida como Mononucleose com nome popular de ‘doença do beijo’. Já a outra forma de contrair o vírus é utilizar objetos contaminados como escovas de dente, copos, talheres e outros. A doença acomete geralmente crianças, jovens e adultos que não apresentam imunidade prévia à infecção.

O médico infectologista Luciano Corrêa Ribeiro explica algumas maneiras de se prevenir e curtir o período de festas de maneira mais tranquila.“Para se precaver é imprescindível evitar a troca de salivas, não compartilhar alimentos e utensílios que se aproximem da boca com fontes desconhecidas.

Outra orientação, mesmo com a mortalidade do vírus sendo baixa, é ficar atento aos sintomas como presença de placas esbranquiçadas na boca, língua ou garganta, dor de cabeça constante, febre alta, cansaço excessivo, dor de garganta e aparecimento de ínguas no pescoço.

“A doença, geralmente é autolimitada, e as complicações são raras, mas pode acontecer da pessoa infectada apresentar quadro de anemia, diminuição de plaquetas no sangue e ainda manifestações neurológicas como convulsões”, esclarece o médico.

Ao sentir essas manifestações, o recomendado é procurar um médico para avaliação clínica, pois somente o profissional irá diagnosticar e confirmar o vírus,após exames laboratoriais de origem sorológica.

Quanto ao tratamento é feito apenas em pessoas sintomáticas e consiste em tomar medicamentos como anti-inflamatórios e analgésicos. Já em casos específicos, o paciente é encaminhado ao infectologista.

Vale ressaltar que, uma vez contraído, o vírus Epstein-Barr, a pessoa adquire imunidade natural, permanecendo imune ao se expor novamente ao longo da vida”, relata.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam que entre 85% e 90% das pessoas adultas já tenham entrado em contato com o Epstein-Barr e se infectado. “Muitas pessoas têm o vírus, mas são casos assintomáticos e que podem não apresentar sintomas por toda a vida. Por isso, a importância de seguir as recomendações de prevenção”, explica Luciano.

Ainda de acordo com o Inca, alguns cânceres estão associados à infecção pelo Epstein Barr, principalmente quando está sendo expresso sob determinadas condições, como por exemplo, o linfoma de Burkitt e o linfoma de Hodgkin. Outras doenças associadas ao Epstein Barr são a esclerose múltipla ou a demência.

Os vírus que podem ser transmitidos através do beijo são herpes simples, HPV sífilis, caxumba, candidíase e herpes zóster. Sendo a última, uma infecção de transmissão sexual podendo ser combatida com a vacina.

Epstein-Barr

O Epstein-Barr é um vírus conhecido popularmente como ‘doença do beijo’ e pode desencadear a mononucleose infecciosa. Ele vem da família Herpesviridae e se destaca por infectar boa parte da população por meio do contato direto com a saliva e objetos compartilhados. 
 
Leiagora

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