Opinião

Quem aterrorizou a capital da República, quem mandou e porque

Descobrir quem foi é só querer

Matheus Veloso/Metrópoles

Quer dizer que todo o aparelho de segurança e de informação da capital da República do Brasil foi surpreendido pelos atos de terrorismo que deixaram Brasília em pânico na noite da última segunda-feira? É nisso que se quer acreditar?

Cada uma das armas tem seu serviço secreto. Verdade que na época da ditadura de 64, o Serviço Nacional de Informações, segundo o ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda, não funcionava às segundas-feiras porque os jornais não circulavam.

Mas, hoje, os jornais que restam circulam, e as redes sociais estão entupidas de informações em tempo real. Na pior das hipóteses, monitorá-las ajuda a conhecer o que se trama às claras ou mesmo às escondidas. De resto, o grampo, legal ou ilegal, sempre existirá.

Quando em campanha para se eleger presidente em 2018, Bolsonaro teve acesso a informações exclusivas do Alto Comando das Forças Armadas, e elas foram muito úteis para balizar seu comportamento. Agora, até ele foi pego de surpresa?

Nas grandes cidades do país há câmeras de vigilância por toda parte, nas ruas e nos prédios. Não será difícil identificar e depois punir os terroristas, a maioria deles sem máscara, responsáveis pela noite de horror vivida por Brasília. É só querer. Vão querer?

Ricardo Noblat é jornalista

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *