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Caminhoneiros voltam a fazer bloqueios em rodovias federais

Há bloqueios de rodovias em pelo menos dois estados e relatos de paralisação de caminhoneiros em outras unidades da Federação

Carros e caminhões parados em bloqueios de caminhoneiros em Várzea Grande no Mato Grosso - MetrópolesEdnilson Aguiar/Especial Metrópoles

Parte dos caminhoneiros retomou alguns bloqueios e manifestações antidemocráticas em rodovias do país nesta sexta-feira (18/11). Há bloqueios em estradas federais de pelo menos dois estados: cinco em Rondônia e três interdições parciais em Mato Grosso.

Também há relatos de paralisações de caminhoneiros e protestos, sem necessariamente a interdição de pistas.

 
 
Os cinco bloqueios de Rondônia são na BR-264, nas cidades de Vilhena, Cacoal, Presidente Médici e Ji Paraná, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

No Rio de Janeiro, houve registro de manifestações de caminhoneiros na BR-116, BR-101, BR-040, BR-393 e BR-493. Durante a madrugada houve bloqueio em rodovias que passam por Cristalina, no Entorno do DF, mas a via foi liberada pela PRF ainda na manhã.

O líder de caminhoneiros Eliseu Rosário fez um vídeo convocando a categoria para a paralisação. Ele aparece nas imagens em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.

“Nós não estamos em uma movimentação de paralisação, nós estamos é em uma guerra. E pedimos também que a PRF nos ajude e nao venha se intrometer, porque se vier não vai ser coisa boa, porque guerra é guerra”, ameaçou Eliseu na gravação.

Veja o vídeo:

O caminhoneiro ainda fala no vídeo que os manifestantes vão “tacar fogo” para dar uma lição no ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele também ameaça o caminhoneiro que não aceitar participar da manifestação. “Pode ter sua carreta pegando fogo”, afirmou.

 
 
Exaltação

Em grupos de aplicativos de mensagens bolsonaristas, defensores de pautas antidemocráticas comemoraram as manifestações.

Movimentos de caminhoneiros que não são ligados a Bolsonaro são contrários a essas paralisações, principalmente os autônomos. Eles alegam que o movimento golpista atual seria na maioria composto por caminhoneiros ligados ao plantio de grãos, que só deve ter colheita e necessidade maior de transporte a partir de janeiro.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) informou ter consciência de atos antidemocráticos feitos por caminhoneiros em Santa Catarina e Mato Grosso. A entidade é contra esses protestos golpistas.

Contas bloqueadas

No último sábado (12/11), o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas de 43 empresas e pessoas físicas por financiarem atos antidemocráticos. A decisão foi noticiada nesta quinta.

Moraes determinou que a Polícia Federal colha depoimentos de todas as empresas e pessoas listadas. Na decisão, o ministro citou o deslocamento de 115 caminhões para o QG do Exército, em Brasília, onde os manifestantes se concentram.

“Efetivamente, o deslocamento inautêntico e coordenado de caminhões para Brasília/DF, para ilícita reunião nos arredores do Quartel General do Exército, com fins de rompimento da ordem constitucional – inclusive com pedidos de ‘intervenção federal’, mediante interpretação absurda do art. 142 da Constituição Federal – pode configurar o crime de Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal)”, diz trecho da decisão.

Metrópoles

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