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Mercado de crédito de carbono é tema da Vitrine Agropec na 48º Exposul

A 48º Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial do Sul de Mato Grosso (Exposul) em Rondonópolis, promoveu nesta quarta-feira (10) um ciclo de palestras sobre o mercado de carbono, que tem como objetivo beneficiar agricultores e pecuaristas. O tema rendeu muito interesse entre o público presente composto por produtores rurais, acadêmicos, professores e comunidade em geral, já que existe uma nova regulamentação no Brasil.

O ciclo de palestras com o tema central “Mercado de crédito de carbono: O produtor já pode ganhar com isso?’, faz parte da Vitrine Agropec e foi organizada pela Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).

Entre as principais dúvidas dos participantes com relação ao Crédito de Carbono, estava a relação aos custos de implantação, de que maneira o agricultor pode ganhar com isso e em quanto tempo.

De acordo com o palestrante, o agrônomo e doutor em ecologia, Eduardo Pires Bender, atualmente para aderir ao mercado de crédito de carbono, incrementar projeto de sustentabilidade e produtividade o custo inicial é zero para os produtores. O custo que se tem nesse tipo de investimento é na implementação das práticas que acumulariam o carbono no solo.

Com relação à rentabilidade, Bender acrescentou que atualmente já há um ganho com o crédito de carbono, contudo ainda não é possível definir um valor, já que depende muito das práticas realizadas pelo agricultor ou pecuarista, aliado com a saúde do solo.

“A agricultura depende de uma série de requisitos, tanto ambiental, como do solo e da prática agrícola. Então a gente consegue fazer estimativa de acordo com as informações que o produtor nos passa”, disse.

O retorno para esse tipo de investimento é de longa duração, sendo estimado em média 10 anos, sendo que anualmente a coleta de dados é realizada para ser validada. E a comercialização acontece no mercado internacional para empresas que precisam compensar suas emissões.

Contudo, apesar do longo prazo, foi destacado que o investimento traz retornos para a produtividade da fazenda, e deve ser encarado como uma implementação de renda. Enquanto o foco do pecuarista é o cultivo, o crédito de carbono será um acréscimo no rendimento total da receita.

Em maio, o governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU), um decreto para regulamentar o mercado de crédito de carbono no país. Segundo o governo, o foco da regulamentação é a exportação de créditos, especialmente a países e empresas que precisam compensar emissões para cumprir com compromissos de neutralidade de carbono.

A Agropec conta com o apoio da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (APROSMAT), Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Rondonópolis (AEAGRO), Associação dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT), Aliança SIPA, SENAR MT e da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (APROSOJA MT). Outras informações pelo telefone (66) 3423-2990.

Cairo Lustoza assessoria de comunicação 

Foto: César Augusto

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