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Com o novo aumento no preço do diesel. Caminhoneiros ameaçam parar

Preço do litro do combustível no atacado passará para R$ 4,91. Com esse valor, o transporte no Brasil vai colapsar, diz líder de caminhoneiros

Mobilização de caminhoneiros em 2018 | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (9) um reajuste de 8,87% no preço do diesel para as distribuidoras. De acordo com a empresa, o preço do litro do combustível no atacado passará de R$ 4,51 para R$ 4,91, um aumento de R$ 0,40 a partir desta terça-feira (10).  A gasolina e o GLP tiveram seus preços mantidos.

Com o reajuste, a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel passará a custar para a distribuidora R$ 4,42 por litro, em vez dos atuais R$ 4,06, uma alta de R$ 0,36.

A empresa justifica o aumento informando que o balanço global de diesel está sendo impactado, nesse momento, por uma redução da oferta frente à demanda. “Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras. Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta”, informa a empresa na nota divulgada à imprensa.

A Petrobras informou ainda que suas refinarias estão operando próximo ao nível máximo e que o refino nacional não tem capacidade de atender a toda a demanda do país. Cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel é atendido por outros refinadores ou importadores.

O líder dos caminhoneiros e presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Chorão, disse ao site Congresso em Foco Insider que a categoria não suporta mais um novo aumento.

“Não vai ter jeito, nós vamos ter que parar. Só estamos aguardando a posição de outros segmentos do transporte”, afirmou Chorão após o anúncio do novo preço médio do diesel para distribuidoras de R$4,91 por litro . “Com esse valor não tem mais condições de rodar, o transporte no Brasil vai colapsar”, alertou.

Agência Brasil 

 

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