Polícia

Diretora de escola em que crianças eram amarradas se entrega.

SP: Diretora de escola em que crianças eram amarradas se entrega.

Roberta Regina Rossi Serme, 40 anos, procurou a DP Central de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, por volta de 23h30 dessa quinta (28/4).
Justiça decretou prisão preventiva de Roberta Serme, dona e diretora da escola infantil Colmeia Mágica

Considerada foragida da Justiça, a diretora da escola particular Colmeia Mágica, investigada por maus-tratos e tortura contra crianças na capital paulista, se entregou à polícia no final da noite dessa quinta-feira (28/4). Roberta Regina Rossi Serme (foto em destaque), 40 anos, procurou a DP Central de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, por volta de 23h30.

A informação foi antecipada pelo G1 e confirmada pelo Metrópoles. De acordo com o delegado Renato Topan, da DP Central de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, Roberta deve ser transferida nesta sexta-feira (29/4) para a Penitenciária Feminina de Tremembé, em São Paulo, mesma prisão onde está sua irmã, a pedagoga Fernanda Carolina Rossi Serme. Fernanda, 37, presa na segunda (25/4). Ela estava na casa de parentes, em Mogi das Cruzes.

Além de Roberta e Fernanda, a auxiliar de limpeza Solange da Silva Hernandez, 55, também é alvo de investigação. A escola é acusada de aplicar castigos aos alunos que choravam ou se recusavam a comer.

A escola investigada atendia crianças entre 1 e 6 anos, ou seja, do berçário ao Jardim 2. Gravações que circulam nas redes sociais mostram crianças chorando e com os braços amarrados por panos. Os alunos também aparecem recebendo alimentação em um banheiro.

Confira um dos vídeos feitos na escola:

 

Uma das professoras da turma de 3 e 4 anos disse, em depoimento, que uma colega de trabalho afirmou que Roberta tinha dado a ordem para dar o medicamento anti-febre para os “bebês dormirem”.

“Ainda segundo informações iniciais, as crianças recebiam remédios como dipirona, sem prescrição médica, para que pudessem ter a pressão abaixada e com isso adormecer”, consta nos autos policiais. “Há relatos de narcotização das crianças para que elas se acalmem, com a ministração de antitérmicos”, afirmou o Ministério Público em 16 de março deste ano.

Em nota divulgada no último dia 16, Roberta e Fernanda Serme afirmaram que as denúncias de pais de alunos e professores são “incabíveis, inverídicas e aterrorizantes“. As representantes da entidade alegaram ainda que estavam sendo acusadas “cruel e injustamente”, sem comprovação confiável.

Metrópoles

Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Reprodução/Redes sociais

 

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