Manaus vê enterros triplicarem, já passa de 80 todos os dias.

 

O sistema público de saúde de Manaus entrou em colapso devido ao aumento de infectados com o novo coronavírus, à pandemia fez aumentar o número de enterros quase três vezes nos últimos dias.

Esses números, tem aumentado diariamente nos cemitérios municipais, em comparação com o período anterior à crise. Entre os dias 12 e 19 de abril, 656 corpos foram sepultados nos cemitérios administrados pela Prefeitura de Manaus, que hoje ultrapassa à 82 cerimônias fúnebres por dia. As autoridades já admitem que cadáveres são levados às covas sem passar por testes para verificar o contágio. O pico aconteceu no domingo (19), quando foram sepultados 122 corpos nos campos santos locais.

Dados oficiais do Ministério da Saúde, mostram que o estado do Amazonas tem mais  alta taxa de incidência da covid-19 entre todos os outros do país.

O governador Wilson Lima (PSC). Em entrevista concedida na semana passada afirmou que não há “teste para todo mundo”. O governador afirmou ainda, que há “casos no Amazonas de pessoas que estão falecendo em casa, esses óbitos não constam dos relatórios oficiais, pois não passam pela vigilância Sanitária.  

Das 185 mortes pela Covid-19, 85% delas são de pessoas que morreram na capital, Na verdade, perdemos o controle, muitos corpos são levados diretamente para sepultamento. Um acordo entre a prefeitura e as funerárias, elas começaram a buscar corpos de falecidos durante a noite nos hospitais e nas resideências. Os caixões já saem lacrados dos estabelecimentos funerários e vão direto para o sepultamento. “Saímos de uma média de 30 enterros por dia para um pico de 120. Pensávamos que chegaríamos a 90 sepultamentos diários em maio, agora já há quem fale em uma média entre 150 a 200 por dia. A situação está muito crítica em Manaus. Queremos evitar que isso aqui se torne um novo Equador”, disse o governador.

Os enterros acontecem somente até às 15h”, disse um morador da cidade e nos cemitérios, coveiros fazem sepultamentos sem a devida proteção, os presentes se aglomeram, o que pode agravar ainda mais a pandemia.  

Da redação

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