Política

YouTube remove live de Bolsonaro com mentira sobre vacina da Covid e Aids e suspende canal por uma semana

Segundo a plataforma, transmissão realizada na quinta-feira (21) viola diretrizes contra desinformação médica sobre a Covid-19. O g1 apurou que canal ficará impedido de publicar novos vídeos e fazer transmissões ao vivo por uma semana.

YouTube removeu a live em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) propaga mentira sobre relação entre a vacina da Covid e Aids

A decisão da plataforma de vídeos ocorreu no início da noite desta segunda-feira (25) após o Facebook retirar do ar o mesmo conteúdo. Por sua vez, o Twitter sinalizou post de Bolsonaro contendo a mesma mentira, mas manteve link no ar.

O YouTube disse que a publicação de 21 de outubro foi removida por violar suas diretrizes de desinformação médica sobre a Covid-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas.

Veja comunicado do YouTube, na íntegra:

“Removemos um vídeo do canal de Jair Bolsonaro por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a COVID-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas.

As nossas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos as nossas políticas à medida que a orientação muda. Aplicamos as nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem for o criador ou qual a sua opinião política”.

Sem publicar por uma semana

Pelas regras do YouTube, um canal recebe um alerta se descumprir uma regra pela primeira vez. A plataforma havia enviado um alerta a Bolsonaro em julho, que não resultou em suspensão direta do canal.

Com a remoção da live com a mentira sobre vacina e aids nesta segunda, ele recebeu o primeiro aviso (strike), termo que o YouTube usa para indicar que a medida resultará em uma punição para o canal.

Canal pode ser removido após 3 avisos

De acordo com as diretrizes da plataforma de vídeos, o primeiro aviso (strike) impede um canal de realizar ações como enviar vídeos e fazer transmissões ao vivo durante uma semana.

Caso volte a violar as diretrizes dentro de 90 dias desde a primeira ocorrência, o canal de Bolsonaro receberá um novo aviso e a punição será em dobro: duas semanas sem poder publicar.

Se receber três avisos em um prazo de 90 dias, o canal será removido permanentemente do YouTube.

“Vale lembrar que cada aviso leva 90 dias, a partir da data de emissão, para expirar”, explica a plataforma.

G1

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