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Lua avermelhada encanta mas é mau sinal.

O acúmulo dessas substâncias é favorecido pela massa de ar seco que domina vários estados, já que ela deixa a atmosfera mais estável, o que “prende” a poluição nas camadas mais baixas.

A lua avermelhada observada no céu de algumas regiões do Brasil nos últimos dias é, na verdade, resultado da poluição atmosférica que se acumula somada às queimadas registradas no Norte, Centro-Oeste e em São Paulo.

A explicação foi dada pelo Climatempo, em meio aos elogios à aparência do satélite nas redes sociais. A empresa de meteorologia destaca que a cor diferenciada, também observada no nascer e no pôr do sol, está conectada a uma grande camada de poluentes nocivos à saúde humana.

O acúmulo dessas substâncias é favorecido pela massa de ar seco que domina vários estados, já que ela deixa a atmosfera mais estável, o que “prende” a poluição nas camadas mais baixas.

A coloração é resultado do contato entre a luz do Sol e as partículas concentradas na atmosfera. Nas condições atuais, quando a Lua está próxima do horizonte, a luz por ela refletida precisa passar por uma espessa camada de atmosfera antes de chegar aos nossos olhos.

E a atmosfera mais densa, ocupada pelos poluentes, muda essa dinâmica, “absorvendo” a cor verde, azul e violeta e deixa passar somente os tons vermelhos, provocando a tonalidade alaranjada no satélite.

Em explicação divulgada hoje, o Climatempo destaca que os poluentes podem ser naturais, como poeiras, mas também fuligem e black carbons (BC), consequência da alta quantidade de queimadas no Norte, Centro-Oeste e São Paulo.

O tom avermelhado fica mais intenso quando há partículas de queimadas, erupções vulcânicas ou poluição na atmosfera. Em São Paulo, um dos estados mais afetados pelo ar seco, a situação deve mudar nos próximos dias, com a previsão de chuva e temperaturas mais amenas.

RepórterMT

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