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Rio Paraguai, em Cáceres/ MT: Afluentes secam completamente e região pantaneira perde 2 terços da área alagada.

Um estudo do Instituto MapBiomas, feito a partir da análise de imagens de satélite geradas entre 1985 e 2020, mostra que Mato Grosso perdeu mais de 530 mil hectares de superfície de água no período de 36 anos.

Rio Paraguai, em Cáceres está com nível de água abaixo de 20 cm.

A seca do Rio Paraguai, em Cáceres (225 km da Capital), é uma grande preocupação ambiental do estado de Mato Grosso e de todo o Brasil. Só nos últimos 30 anos foram perdidos 2 terços da superfície de água, que corria irrigando grande extensão do pantanal.

Um estudo do Instituto MapBiomas, feito a partir da análise de imagens de satélite geradas entre 1985 e 2020, mostra que Mato Grosso perdeu mais de 530 mil hectares de superfície de água no período de 36 anos.

O caso foi destaque em reportagem do Fantástico, programa da TV Globo, na noite desse domingo (22), no quadro “Brasil: Colapso Ambiental”.

Afluentes que alimentavam o rio secaram completamente e hoje se tornaram estradas de terra seca e empoeiradas. O capim ressecado das propriedades da região são consequência do clima seco e é isso que vemos às margens do Paraguai, uma mata seca, diferente do ideal, vegetação ‘viva’ que protege os rios e ajuda a manter os níveis de água.

O ‘desabastecimento’ do rio, além de contribuir para um clima ainda mais seco, sensação térmica bem mais quente, afetar diretamente a saúde dos moradores, contribuir para a crise hídrica do Brasil, ainda atrapalha o turismo da região com a destruição da natureza e morte de várias espécies de animais.

A reportagem mostrou que chalanas já não trafegam por toda extensão do rio, que possuem dunas de areia por sua extensão devido à ‘falta d’água. Para fazer o passeio, turistas tem que fazer cerca de 90 km de carro nas estradas para chegar em um ponto navegável.

A pescadora Nilza da Silva, nascida e criada no Pantanal, conversou com o Fantástico e ressaltou que nunca tinha visto o Rio Paraguai ‘desse jeito’ e acredita que vai ficar pior.

Emocionada, a pantaneira citou as queimadas que a região sofre, uma das principais causas da devastação do Pantanal, e consequentemente, da seca dos rios e do clima. 

RepórterMT

G1

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