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Daniel Moura, Sonhou a Rondonópolis que temos hoje.

 

A partir de 1902, inicia-se o povoamento as margens do rio Vermelho, com a fixação de famílias procedentes do vizinho estado de Goiás, e de outros estados do país. Em 1915 havia cerca de setenta famílias na localidade. Estas viviam com certa organização econômica, social e política. Neste mesmo ano, Joaquim da Costa Marques, presidente de estado do Mato Grosso, promulga o Decreto Lei n.º 395, que estabelecia uma reserva de dois mil hectares para o patrimônio da povoação do rio Vermelho. Esse Decreto marca oficialmente a existência do povoado.

Em 10 de dezembro de 1953 Rondonópolis emancipou-se de Poxoréu por uma lei de autoria do deputado João Falcão, sancionada pelo então governador Fernando Corrêa da Costa. Nessa época o governador nomeava o juiz de Paz do lugar para exercer o cargo de prefeito do novo município até a realização de eleição municipal em data comum aos outros municípios. O juiz de paz era  Otacílio Fontoura, que não aceitou a função. O suplente de Otacílio, Rosalvo Fernandes Farias.  Foi convocado para assumir o cargo, aceitou e tomou posse como primeiro prefeito de Rondonópolis em 1º de janeiro de 1954

Nascido em Porto Nacional, no antigo Norte de Goiás, e agora Tocantins, Daniel Martins de Moura deixou sua cidade natal e veio para a pequena vila que no futuro seria Rondonópolis em busca do amanhã. Isso, no início dos anos 40 do século passado. Logo após, participou da fundação do PSD junto com Filinto Miller.

O que motivaria alguém a trocar sua terra por aquela cidadezinha às margens do rio Vermelho, que ensaiava os primeiros passos no imenso vazio demográfico mato-grossense? Daniel Moura sabia e acreditava que ali estava nascendo uma grande metrópole e que lhe cabia a tarefa de dar o pontapé inicial para a arrancada rumo ao desenvolvimento. Ele fazia questão de receber cada novo morador que chegava e assim passava a conhecer cada um deles, Seu dom de fazer política fez que muitas famílias se mudassem para cá em busca de uma vida melhor      

Em 1954 Daniel Moura foi eleito prefeito e empossado em 31 de janeiro de 1955. Nessa época Rondonópolis tinha aproximadamente 10 mil habitantes, a grande maioria vivia na zona rural. As ruas eram de terra batida e a energia era gerada por poucos motores estacionários que os próprios moradores compravam.  A saúde muito precária, quem precisasse de médico procurava atendimento em Mineiros (GO) ou Guiratinga, distante 110 quilômetros.

No começo Daniel Moura enfrentou muitos desafios à frente da prefeitura, a cidade oferecia poucos atrativos para os novos moradores que aqui chegavam.

Mas o prefeito tinha muitas ideias, então começou a escrever cartas e encaminha-las por estafetas contratados por ele, Nas cartas ele descrevia Rondonópolis como verdadeiro Paraíso. O grande respeito que gozava em sua região natal reforçava o teor de seus textos. Nos quais convidava parentes, amigos e conhecidos para vir viver em uma nova cidade, que se iniciava ao leste do estado de Mato Grosso, oferecia ainda terrenos urbanos em área nobre, com carta de aforamento da prefeitura, e lotes na zona rural dentro dos projetos pouco antes lançados pelo ex-governador Arnaldo Estevão de Figueiredo.

Muitas famílias do norte de Goiás, se aventuraram e toparam o desafio,vieram para cá com mudança e tudo. Formando assim uma comunidade mais próspera e viável. Tudo que Daniel sonhara. Os novos rondonopolitanos, trabalharam duro acreditando nas promessas do prefeito, em poucos anos conseguiram comemorar muitas conquistas da conseguidas.

Os novos moradores ajudaram a impulsionar o crescimento da nova cidade, montando armazéns, bares, restaurantes, hotéis, farmácias, armarinhos, açougues etc. De certa forma foi o primeiro fluxo migratório motivado pela economia local.

Da redação

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